Enfrentando a timidez
Publicação: 21 de Abril de 2013 às 00:00
Isaac Ribeiro - Repórter
Alternar momentos de pura extroversão com outros mais contidos faz parte do comportamento da maioria das pessoas. Mas para alguns, ser introspectivo, tímido, é o mais normal. O problema é quando isso ultrapassa todos os limites, torna-se excessivo e começa a atrapalhar outros aspectos da vida, principalmente no aspecto social. Para auxiliar quem deseja se ver livre desse mal, o Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte realiza um programa de enfrentamento da timidez, um projeto de terapia em grupo destinado a jovens e adultos, universitários ou não.
De acordo com a coordenadora do programa, professora e psicóloga Neuciane Gomes, a timidez excessiva dos participantes é tratada através do método de terapia cognitivo-comportamental, onde são propostas várias ações e exercícios específicos. Alex Regis
A telefonista Maria Aparecida do Nascimento afirma que timidez atrapalha em algumas situações cotidianas
“Significa que propomos enfrentar as situações que elas temem muito. Mas nós preparamos elas psicologicamente para isso. Propomos ações mas também discutimos porque ela tem medo ou o que isso significa na vida dela, porque isso está trazendo problema”, comenta a professora. O resultado, de acordo com ela, é um entendimento maior sobre o transtorno e novas formas de pensar e agir contra as situações temíveis.
A timidez excessiva é, na verdade, uma forma de fobia social. Curar-se completamente pode ser improvável, mas pelo menos com o programa de enfrentamento é possível melhorar bastante e enfrentar melhor as situações embaraçosas.
“Eu costumo dizer que uma pessoa fóbica social, muito, muito tímida, vai melhorar bastante com o tratamento. Não todas as pessoas, mas a maioria melhora bastante. Enfim, ela vai ter uma melhor qualidade de vida. Isso não significa que ela vai se tornar a pessoa mais extrovertida do mundo”, diz Neuciane Gomes.
As inscrições para o programa seguem até o próximo dia 28, mas restam poucas vagas, como informa a coordenadora. Informações pelos telefones 3215 3603 e 3215 3604.
Qualidades ficam ocultas no tímido
Muitas vezes os tímidos são pessoas mal compreendidas ou passam despercebidas dos olhos da multidão desenvolta e falante. Mas podem esconder qualidades insuspeitas e talentos ofuscados. O fato de não se entregar tão facilmente aos apelos de amizades e amores fortuitos, leva os mais recatados a se fecharem num mundo próprio, mas nem por isso desinteressante.
Para a psicóloga Jemima Morais Veras, quando alguém consegue entender o tímido pode encontrar a oportunidade de conviver com pessoas com muito conhecimento, sensíveis, criativas, capazes de reflexões coerentes e sensatas sobre a vida e outros assuntos.
“São características desenvolvidas devido o isolamento social. Não frequentando as baladas, festas e encontros, o tímido acaba buscando algo para fazer sozinho. Devemos considerar que essas características passam a não valer a pena quando tudo isso é uma fuga para o sofrimento”, analisa a psicóloga.
Para ela, a timidez pode ter origem numa relação com pais muito rígidos, que exigiram comportamentos e resultados perfeitos, que não se preocupavam em aparar as dificuldades e falhas dos filhos; ou ainda demonstraram sentir vergonha de suas exposições e tentativas de aprender ou experimentar. Constrangimentos também podem originar comportamentos introvertidos.
“Os pais precisam prestar atenção se seus filhos estão preferindo ficar em casa, estão evitando as festas de aniversário, estão fazendo uso de bebidas alcoólicas para se tornar mais corajosos, apresentam problema de fala, tem amigos somente virtuais, tem dificuldade de aceitar as mudanças e as novidades”, recomenda Jemima. Segundo ela, em alguns casos a pessoa pode superar a timidez, principalmente se tem uma família compreensiva, amigos acolhedores ou professores atentos. “Mas caso o ambiente não seja favorável ou a pessoa tenha dificuldades mais acentuadas, é preciso procurar ajuda profissional.”
Alternar momentos de pura extroversão com outros mais contidos faz parte do comportamento da maioria das pessoas. Mas para alguns, ser introspectivo, tímido, é o mais normal. O problema é quando isso ultrapassa todos os limites, torna-se excessivo e começa a atrapalhar outros aspectos da vida, principalmente no aspecto social. Para auxiliar quem deseja se ver livre desse mal, o Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte realiza um programa de enfrentamento da timidez, um projeto de terapia em grupo destinado a jovens e adultos, universitários ou não.
De acordo com a coordenadora do programa, professora e psicóloga Neuciane Gomes, a timidez excessiva dos participantes é tratada através do método de terapia cognitivo-comportamental, onde são propostas várias ações e exercícios específicos. Alex Regis

“Significa que propomos enfrentar as situações que elas temem muito. Mas nós preparamos elas psicologicamente para isso. Propomos ações mas também discutimos porque ela tem medo ou o que isso significa na vida dela, porque isso está trazendo problema”, comenta a professora. O resultado, de acordo com ela, é um entendimento maior sobre o transtorno e novas formas de pensar e agir contra as situações temíveis.
A timidez excessiva é, na verdade, uma forma de fobia social. Curar-se completamente pode ser improvável, mas pelo menos com o programa de enfrentamento é possível melhorar bastante e enfrentar melhor as situações embaraçosas.
“Eu costumo dizer que uma pessoa fóbica social, muito, muito tímida, vai melhorar bastante com o tratamento. Não todas as pessoas, mas a maioria melhora bastante. Enfim, ela vai ter uma melhor qualidade de vida. Isso não significa que ela vai se tornar a pessoa mais extrovertida do mundo”, diz Neuciane Gomes.
As inscrições para o programa seguem até o próximo dia 28, mas restam poucas vagas, como informa a coordenadora. Informações pelos telefones 3215 3603 e 3215 3604.
Qualidades ficam ocultas no tímido
Muitas vezes os tímidos são pessoas mal compreendidas ou passam despercebidas dos olhos da multidão desenvolta e falante. Mas podem esconder qualidades insuspeitas e talentos ofuscados. O fato de não se entregar tão facilmente aos apelos de amizades e amores fortuitos, leva os mais recatados a se fecharem num mundo próprio, mas nem por isso desinteressante.
Para a psicóloga Jemima Morais Veras, quando alguém consegue entender o tímido pode encontrar a oportunidade de conviver com pessoas com muito conhecimento, sensíveis, criativas, capazes de reflexões coerentes e sensatas sobre a vida e outros assuntos.
“São características desenvolvidas devido o isolamento social. Não frequentando as baladas, festas e encontros, o tímido acaba buscando algo para fazer sozinho. Devemos considerar que essas características passam a não valer a pena quando tudo isso é uma fuga para o sofrimento”, analisa a psicóloga.
Para ela, a timidez pode ter origem numa relação com pais muito rígidos, que exigiram comportamentos e resultados perfeitos, que não se preocupavam em aparar as dificuldades e falhas dos filhos; ou ainda demonstraram sentir vergonha de suas exposições e tentativas de aprender ou experimentar. Constrangimentos também podem originar comportamentos introvertidos.
“Os pais precisam prestar atenção se seus filhos estão preferindo ficar em casa, estão evitando as festas de aniversário, estão fazendo uso de bebidas alcoólicas para se tornar mais corajosos, apresentam problema de fala, tem amigos somente virtuais, tem dificuldade de aceitar as mudanças e as novidades”, recomenda Jemima. Segundo ela, em alguns casos a pessoa pode superar a timidez, principalmente se tem uma família compreensiva, amigos acolhedores ou professores atentos. “Mas caso o ambiente não seja favorável ou a pessoa tenha dificuldades mais acentuadas, é preciso procurar ajuda profissional.”
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