27 de abril de 2013

Em programa do PSB, Eduardo Campos adota tom de candidato a presidente e critica governo Dilma


Em programa do PSB, Eduardo Campos adota tom de candidato a presidente e critica governo Dilma


Os dez minutos do programa nacional de televisão do PSB – Partido Socialista Brasileiro -, nesta quinta-feira (25), serviram para dissipar quaisquer dúvidas da cogitada candidatura de Eduardo Campos a presidente da República, em 2014.
 
O governo de Pernambuco foi a grande estrela e martelou o discurso de que é possível fazer muito mais e de que o Brasil precisa ganhar 2013.

Ele apontou a estabilidade econômica – numa referência ao governo FHC – e a retirada de 20 milhões de pessoas da miséria absoluta – aludindo ao governo do PT – como grandes avanços do país nas últimas décadas, ressaltando que só foram possíveis graças a um amplo pacto social e político. “E é isso que precisa acontecer agora. Um pacto em torno de idéias e compromissos com o novo Brasil”, afirmou.

O presidenciável criticou a ineficiência do Estado brasileiro para, em seguida, sinalizar que o PSB o lançará como poção ao Planalto. “Temos que ter a humildade de admitir e a coragem de enfrentar os problemas que estão aí, batendo à nossa porta. O Brasil precisa dar um passo adiante. E nós do PSB vamos dar este passo junto com o Brasil”, assegurou.

Em outro trecho, Eduardo Campos criticou a inércia dos governos petistas e tucano frente às reformas.

_Mudanças fundamentais continuam sendo adiadas. Hoje, como sempre foram adiadas no passado. A reforma fiscal, a revisão do pacto federativo, a reforma política. Para avançar, não temos outra escolha. É preciso contrariar os interesses da velha política, que estão instalados na máquina pública.

O presidente do PSB também tratou da relação da legenda com o governo do qual faz parte e mandou um recado. “Somos um partido que aposta na democracia e no diálogo. Porque quem governa, tem que saber decidir, mas não pode ser nunca o dono da verdade. Somos um partido que defende as suas alianças. Mas seremos sempre um aliado participante, propositivo, crítico até, quando a crítica é necessária.”

Eduardo Campos ainda disse algo que acerta em cheio Dilma Rousseff. “São discussões que precisamos fazer no nosso país sem transformar tudo num debate eleitoral. Esta não é a hora de montar palanques”, advertiu, ao tratar do desequilíbrio entre os entes da federação.

De acordo com o PSB, em 1988 – ano da promulgação da Constituição Federal -, o governo federal repassava a estados e municípios 76% das receitas. Atualmente, esse número é de 36%.


Blog do Célio Alves

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